Harley 110 anos
Harley 110 anos – Dia #1: 110 anos, 110 graus
28 de agosto de 2013, 5:40pm, sob o Bar & Shield, Harley-Davidson. Local: Milwaukee – Wisconsin, Museu da H-D. Temperatura: “lua” de 34 graus célsius, acima dos 93 Fahreinheits, miolos em banho maria, cotovelos para todos os lados, empurra-empurra generalizado, ahhhhh, matando saudades do Brasil. Mesmo tendo um curral para a mídia, e estar credenciado, isto não foi suficiente e quem chegou primeiro tomou posse do estreio espaço.
O motivo disso tudo?? Espera do início das comemorações dos 110 anos da Harley-Davidson. Porquê a aglomeração? Willie “manda-prender-e-manda-soltar” G. Davidson estava no pequeno palco improvisado a frente do belíssimo museu da marca.
Mas ele não era o convidado especial, mas sim um sargento “novo-herói”, veterano de 20 anos (What a fuck is that?) que traria a Jaqueta da Liberdade, Freedom Jacket em Inglês claro, depois de 365 dias de ter saído do mesmo lugar e percorrer o globo. Onde havia expressão significativa da Harley, lá passou o casaco, que inclusive pegou um bronzeado em terras cariocas no ano passado.
udo bem que a Harley passou por duas grandes guerras, mas hoje em dia, a guerra já quase virou orgulho nacional por estas bandas. Quer ver americano chorar? Faça um discurso emotivo sobre o tema e coloque um herói das armada “até os dentes” forças estadunidenses, que talvez nem saiba o verdadeiro motivo da peleja armada no Iraque, e o porquê do pau estar comendo na Síria… Mas emociona o povo que é tão informado quanto o super-herói fardado. Viva a liberdade, e viva o óleo, afinal Harleys precisam dele para funcionar. E assim é em todo grande evento, e assim foi neste.
(fim do interlúdio sobre a guerra)
Claro que depois de descorrer todo o perfil e currículo do amigo fardado, o que não levou menos de 10 minutos, o então Sargento (!!!) Timothy La Sage das forças armadas trouxe, todo pimpão, em uma “biutiful” motocicleta 2014 (proveniente do projeto Rushmore), o itinerante manto de couro da Harley.
Timothy, o sargento, subiu no palco onde sua emocionada esposa o esperava a frente de quase toda a família Davidson – leia-se Willie G., Nancy e sua prole. Um coro nacionalista ensurdecedor tomou conta da plateia de mais de 5000 pessoas que se acotovelavam sob a insignia da Harley e em nome da liberdade (?)… O executivo de Marketing da Harley, disse ao microfone que não poderia dar o casaco para o milico, mas que poderia sim… (silêncio)… dar de presente a moto que veio montado!!!!! Grito e emoção dos harley-espectadores… “U-S-A! U-S-A! U-S-A! IU, ÉS, EI! IU, ÉS, EI… YEEEAAAAAAAH!” Pronto, preliminares bélicas bem feitas, estavam todos preparados para o orgasmo. Que veio após a contagem regressiva iniciada por Bill Davidson, filho varão de Willie G., Neto do co-fundador da marca em 1903 – Willie A. Davidson.
á cansado após a contagem regressiva, resolvi rumar para minha alcova no hotel em Illinois, mas foi aí que vi a grandiosidade da marca americana e como faz parte da cultura local. Estava ilhado. Eu era uma formiguinha no meio de um oceano de motos que carregava o Bar & Shield. Para onde se olhasse lá estavam emblemas da Harley em movimento. Nunca vi nada parecido, principalmente de uma marca só. “O mundo cabe em uma roda de Electra Glide”, pensei comigo. aglomerações, exército, bagunça, tudo foi perdoado com estas visões impressionantes de motociclismo apaixonado, as vezes exacerbado! Milhares de motos comandavam as ruas, verdadeiros rios de duas rodas. Fui embora com saudades da Beyoncé minha Road King 2004 Custom.
Fonte: www.bestriders.com.br
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