CADA VEZ MAIS PRESENTE NAS MOTOS TECNOLOGIAS QUE PODEM SALVAR VIDAS DE MOTOCICLISTAS

sábado, 28 de setembro de 2019

CADA VEZ MAIS PRESENTE NAS MOTOS TECNOLOGIAS QUE PODEM SALVAR VIDAS DE MOTOCICLISTAS

tecnologias para motocicleta


Cada vez mais presente nas motos e nas roupas dos motociclistas, tecnologia pode fazer a diferença para que os riscos de acidentes e lesões sejam menores

De 18 a 25 de setembro acontece a Semana Nacional do Trânsito, que tem como objetivo conscientizar e educar motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres em todo o Brasil na busca por um trânsito cada vez mais seguro. Neste ano, o lema da semana é “no trânsito, o sentido é a vida”.

Os motociclistas, pelas velocidades alcançadas e por estarem com os corpos expostos, estão mais sujeitos a ferimentos em acidentes – mesmo pilotando da maneira correta e de acordo com as leis de trânsito - do que os motoristas, que estão protegidos pelas carrocerias dos carros, caminhões e ônibus.

A indústria de motos tem trabalhado há tempos no desenvolvimento e aperfeiçoamento de tecnologias que podem salvar a vida de motociclistas, minimizando os riscos de ferimentos e até mesmo evitando acidentes.

Boa parte dos avanços tecnológicos estão ligados à eletrônica das motocicletas e, aos poucos, vão se popularizando – alguns mais, outros menos. Neste texto, citaremos cinco recursos que estão disponíveis em parte das motocicletas no mercado para tornar a pilotagem mais previsível e segura, mas não menos divertida. Vamos a eles, pois:

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FREIOS ABS


Em 1978 era lançado o primeiro carro do mundo com o sistema que impede o travamento das rodas nas frenagens. Para as motos, o recurso surgiu dez anos depois, na BMW K 100 LT.

Basicamente, o sistema ABS conta com sensores que detectam a velocidade das rodas e a pressão aplicada nos freios, atuando para que seja aplicado o nível de pressão ideal para evitar uma possível perda de aderência dos pneus em relação ao piso – o que, muito provavelmente, levaria o piloto a cair.

Dos recursos, o ABS é hoje o que está mais presente nas motocicletas que circulam no Brasil, já que a legislação do país exige desde o começo do ano que motos acima de 300 cilindradas possuam o sistema que impede a perda de aderência nas frenagens como item de série.

Mas o mercado tem evoluído e o ABS já aparece em modelos de menor cilindrada - até em scooters como Honda PCX 150 e Yamaha NMax 160 – como Honda CB 250F Twister, Yamaha Fazer 250 ABS e nas pequenas trails Yamaha Crosser 150 ABS e Honda XRE 190 – as duas últimas, assim como a nova geração do PCX, contam com o recurso apenas na roda dianteira.

A tecnologia, no entanto, já evoluiu a ponto de alguns modelos contarem com o ABS atuante em curvas. Em resumo, o sistema considera o nível de inclinação da moto e permite que o motociclista possa utilizar os freios mesmo nas mudanças de direção. Em uma rodovia, por exemplo, o ABS de curva pode ser a salvação em um erro de cálculo da velocidade de contorno, pois o piloto pode manter a motocicleta inclinada ao mesmo tempo em que utiliza os freios para seguir no trajeto ideal.

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CONTROLE DE TRAÇÃO


Se os freios ABS atuam quando o piloto está diminuindo a velocidade, o controle de tração trabalha quando o motociclista acelera, fazendo com que a força produzida pelo motor seja transferida para o solo e a moto siga em frente.

Geralmente visto nas motos mais potentes, o controle de tração ajuda o piloto a despejar a quantidade exata de potência de acordo com as condições do piso, reduzindo a entrega em solo escorregadio para evitar a perda de aderência. Imagine dosar a entrega de potência de uma moto de 140 cavalos, sob forte chuva, sem controle de tração. O risco de algo dar errado aumentaria significativamente.

Felizmente, a tecnologia está entre nós e o recurso já evoluiu a ponto de ser oferecido em versão que, assim como o ABS, leva em consideração o ângulo de inclinação da moto – quando a área de contato do pneu com o solo é reduzida.

Além disso, em muitas motocicletas com controle de tração há a possibilidade de controlar o nível de intervenção do recurso – permitindo ao piloto controlar ele próprio a dosagem de potência que vai para as rodas - e até mesmo desligá-lo, o que é útil na prática do off-road.

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ACELERADOR ELETRÔNICO


Cada vez mais adotado nas motocicletas, o acelerador eletrônico dispensa o uso do cabo e oferece ao piloto respostas mais precisas no acionamento da manopla: suavidade, controle e economia de combustível são alguns benefícios, mas não para por aí.

Com o acelerador eletrônico, as fabricantes puderam explorar ainda mais o gerenciamento de potência, oferecendo modos de pilotagem para que o motociclista tenha a configuração ideal para cada situação, seja no uso esportivo, seja no uso normal das ruas – no asfalto ou na terra.

Há, claro, a possibilidade de o piloto configurar manualmente cada parâmetro em alguns modelos, ajustando a motocicleta exatamente do jeito que desejar, mas as fabricantes oferecem modos pré-ajustados, facilitando a vida do piloto e permitindo ao motociclista mudar a configuração utilizando apenas um botão.

Em questão de segundos, por exemplo, o piloto pode sair do modo de pista seca para a configuração de chuva, na qual a entrega de força é suavizada, o nível de potência é reduzido e o controle de tração está sempre no modo mais atuante. Assim, o motociclista pode seguir no caminho de forma segura.

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SUSPENSÃO ELETRÔNICA


Suspensões tradicionais ajustáveis, em geral, exigem o uso de ferramentas para a regulagem de compressão e retorno – alguns modelos possuem um mecanismo para o ajuste da pré-carga da mola traseira que dispensa ferramentas.

Agora imagine poder configurar a suspensão da sua moto com alguns cliques em botões, enquanto o semáforo indica que você deve aguardar o verde para poder partir? As suspensões eletrônicas, permitem configurar tanto a dianteira como a traseira de acordo com o uso e nível de carga - caso das sport touring/bigtrails.

Há também motocicletas no mercado com suspensões semi-ativas, que se adaptam automaticamente ao modo de condução do piloto, peso sobre a moto e tipo de piso.

Com isso, o motociclista terá sempre a configuração mais adequada para cada momento da pilotagem. Mais segurança e tranquilidade, onde quer que ele esteja.

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JAQUETAS/MACACÕES COM AIRBAG


Este recurso chegou apenas no ano passado ao Brasil e os valores ainda restringem a tecnologia a poucos, mas é um item que pode fazer a diferença na integridade física do motociclista em caso de queda.

Desenvolvido há anos nas pistas, os airbags internos nas jaquetas e macacões têm chegado ao mercado com alguns exemplos de eficiência provados nas pistas. Quem acompanha a MotoGP ou Mundial de Superbike já deve ter reparado em como os pilotos levantam ‘inflados’ após quedas.

O sistema de airbag interno conta com uma série de sensores que monitoram os movimentos da pilotagem. Quando os sensores detectam o menor sinal de algo fora do normal, disparam o cilindro que aciona o airbag. Isso acontece em milésimos de segundo e o dispositivo entra em funcionamento antes mesmo do impacto do piloto com o solo.

No último GP da Grã-Bretanha de MotoGP, Andrea Dovizioso não conseguiu desviar da moto de Fabio Quartararo e decolou com a Ducati Desmosedici GP19. Após voar, Dovizioso sofreu um forte impacto contra o solo. Exceto por uma perda momentânea de memória, o piloto da Ducati nada sofreu e dias depois participava de uma sessão de testes coletivos da categoria em Misano. O francês também escapou ileso do incidente, que você pode ver no vídeo abaixo:

A fornecedora do macacão do italiano – coincidentemente a mesma de Quartararo – divulgou dados referentes ao acidente em Silverstone. A queda do francês durou 4s7 e o airbag foi acionado 0s060 antes de o piloto da Petronas SRT chegar ao solo.

Já a queda de Dovizioso durou 4s8 e o dispositivo foi acionado 0s150 antes de o italiano atingir o chão, mas depois do choque com a Yamaha de Quartararo. Além disso, o impacto da queda do piloto da Ducati foi de 35 vezes a força da gravidade – mais um elemento para mostrar a eficiência do recurso.

TECNOLOGIA NÃO É TUDO


A indústria das duas rodas tem feito a parte dela para tornar a pilotagem mais segura. No entanto, é importante ressaltar que nenhum recurso é totalmente eficaz e que os riscos existem. Cabe a nós, motociclistas, pilotarmos de forma segura para aproveitar os prazeres de pilotar uma moto - que a eletrônica não chega para tirar, pelo contrário.

A tecnologia está entre nós justamente para podermos explorar da melhor maneira o que essas máquinas que nos contagiam têm a oferecer. Seja prudente, procure sempre aperfeiçoar a própria pilotagem e esteja sempre atento, seja no perímetro urbano, nas rodovias ou nas pistas. Se uma emergência surgir, você terá habilidade e recursos tecnológicos para voltar para casa são e salvo.

Fonte: www.moto.com.br

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