Tiger 800 XCx: Recheada de eletrônica e com diversos acessórios como itens de série
Versão top de linha da família Tiger 800, versão XCx vem completa
Tiger 800 XCx: Recheada de eletrônica e com diversos acessórios como itens de série, a versátil bigtrail inglesa está pronta para uma grande aventura.
Tiger 800 XCx: Recheada de eletrônica e com diversos acessórios como itens de série
O segredo de uma boa aventureira é reunir diversas qualidades de outras motos em uma só. Rápida e estável no asfalto, confortável em uma longa viagem e valente no fora-de-estrada. Para cumprir essas exigências a Triumph Tiger 800 XCx, lançada no Brasil em março, recebeu diversas melhorias. Entre elas, novas suspensões, motor mais eficiente, acelerador eletrônico, novo câmbio e muita tecnologia. E esta versão XCx, top de linha, também subiu de preço em relação a versão XC anterior.
Top de linha, Triumph Tiger 800 XCx é bigtrail versátil e confortável para encarar uma aventura
O “x” minúsculo indica a presença de diversos acessórios “extras” já instalados como itens de série no modelo: protetores de mão e de cárter em alumínio, barras protetoras do motor, cavalete central, além de modos de pilotagem que ajudam a fazer desta versão uma aventureira versátil e segura.
Protetores de mão, protetor de cárter, barras protetoras do motor e cavalete central vêm de série
Tiger 800 XCx - No asfalto
Embora tenha sido mantida a arquitetura do motor de três cilindros e 800 cm³, internamente foram feitas mudanças no cabeçote, caixa de marchas e no sistema de alimentação, este último adotando acelerador eletrônico (ride-by-wire). Além do controle mais preciso da aceleração, possibilitou a instalação de três modos de pilotagem: Road, Off-Road e uma opção Rider que permite personalizar os ajustes da resposta do acelerador, do controle de tração e dos freios ABS.
Motor tricilíndrico de 800cc e 95 cv recebeu melhorias internas e novo câmbio
Os números de desempenho não sofreram alterações: os 95 cv de potência máxima chegam a 9.250 rpm e o pico de torque de 8,06 kgf.m continua sendo atingido a 7.850 rpm. Mas, ao pilotar a nova versão nota-se que há mais força em baixos e médios regimes. É possível “passear” em quarta marcha a 50 km/h na cidade, ou engatar sexta e esticar a velocidades acima de 200 km/h. A Tiger 800 XCx “empurra” bem desde os 3.000 giros, mantendo o fôlego até 10.000 rpm.
Em conjunto com a precisão do acelerador eletrônico está um novo câmbio, derivado da esportiva Daytona 675, com engates mais suaves e precisos. Nem mesmo ao ligar a moto e engatar a primeira marcha, ouve-se algum tranco.
O novo motor e toda essa tecnologia fazem da nova 800 XCx uma moto mais versátil e segura. E, ao mesmo tempo, mais eficiente para “tentar” acabar com a fama de “beberrona” da versão anterior. Segundo a Triumph, as mudanças reduziram o consumo. Mas, na prática, a melhora não foi assim tão grande: na antiga Tiger 800 o consumo variou entre 15 e 17 km/l; com esta nova XCx rodei no máximo 18,3 km com um litro de gasolina, mas cheguei a fazer médias de 16 km/l. Uma melhora que amplia um pouco as capacidades touring do modelo com a autonomia do tanque de 19 litros atingindo 340 km.
Rápida e estável no asfalto, Tiger 800 XCx também oferece boa autonomia e conforto para viagens
Para aprimorar o conforto, os generosos cursos das novas suspensões WP ajudam. O garfo telescópico invertido tem tubos de 43 mm, com 220 mm de curso e ajuste de compressão e retorno. Na traseira, um amortecedor WP com reservatório a gás separado é ajustável na pré-carga e compressão e permite 215 mm de curso. Mais que suficiente para enfrentar buracos e imperfeições no piso e até mesmo “ignorar” lombadas e valetas.
O impressionante é que, mesmo com essas longas suspensões e as rodas raiadas com aro de 21 polegadas na dianteira, a Tiger 800 XCx mantém o apetite por curvas. Contorna-as com estabilidade e transmite confiança ao piloto como se fosse uma naked esportiva. Sem dúvida, essa bigtrail inglesa tem uma das melhores ciclísticas entre as aventureiras: maneabilidade neutra e previsível até mesmo em manobras de baixa velocidade.
Tiger 800 XCx tem rodas raiadas e aro 21 na frente; freios são bons e contam com sistema ABS
A Tiger 800 XCx é uma moto alta, mas o banco pode ser ajustado facilmente em duas posições. Com 1,71 m optei pela mais “baixa”: a 840 mm do solo (a mais alta fica a 860 mm). A posição de pilotagem é ereta, com as pernas pouco flexionadas e o tronco levemente inclinado à frente – outra mudança neste modelo 2015 foi o guidão mais alto e avançado. A bolha, apesar de não oferecer ajustes, cumpre bem seu papel de desviar o vento mesmo em velocidades mais altas. Um útil cruise control (piloto automático) no punho direito completa as qualidades “touring” da nova Tiger XCx.
Tiger 800 XCx - Fora da estrada
De comportamento muito dócil, não há necessidade de alterar o mapa de aceleração do tricilíndrico, confesso que até configurei o modo Sport, com respostas mais instantâneas, na opção Rider, que permite a customização de todos os controles eletrônicos da Tiger 800 XCx. Mas o modo de pilotagem Off-road é bastante útil para incursões longe do asfalto.
A escolha entre os modos pode ser feita em movimento, porém é preciso tirar a mão esquerda do guidão, pressionar uma tecla no painel, fechar o acelerador e acionar a embreagem. Por isso aconselho parar a moto para alternar entre os modos. Um botão no punho direito seria mais simples e seguro: uma das poucas críticas à bigtrail inglesa.
Painel é completo e de fácil visualização. Botão (m) para alternar modos de pilotagem não é prático
Ao optar pelo modo Off-road, a resposta do acelerador torna-se mais suave e o ótimo sistema de freio ABS passa a funcionar apenas na roda dianteira. Já o controle de tração permite que a roda traseira gire até duas vezes mais rápido que a dianteira, garantindo derrapadas controladas nas saídas de curva.
Modo Off-Road e novas suspensões ajudam a enfrentar trechos de terra
As rodas raiadas, mais resistentes aos impactos, com aro dianteiro de 21 polegadas funcionam muito bem para absorver buracos e ultrapassar poças de lama com a valente Tiger XCx. E a melhor novidade para aprimorar a valentia off-road da bigtrail, depois da eletrônica, são as novas suspensões WP. Trabalham bem, isolando o piloto e transmitindo mais confiança para se aventurar no fora-de-estrada. Mas, caso vai pegar um caminho ruim de fato, com rios e lama, aconselho a troca por pneus mais adequados. Pois os “calçados” originais, Bridgestone Trail Wing, até que se saem bem no piso seco, mas ficam devendo aderência na lama.
Apesar da roda aro 21 e das suspensões de longo curso, Tiger 800 XCx contorna curvas com segurança
Tiger 800 XCx -Ainda melhor
Depois de mais de 300 quilômetros tive a certeza que a nova Triumph Tiger 800 XCx ficou melhor que sua antecessora. O motor está mais “liso”, a eletrônica é bem vinda e a versão XCx traz diversos itens que qualquer aventureiro instalaria em sua moto antes de uma longa viagem até o Ushuaia (faltam apenas malas laterais e um top case).
Tiger 800 XCx traz bagageiro de série, mas é preciso instalar top case e malas laterais
Além disso, os modos eletrônicos acrescentam ainda mais versatilidade ao modelo que, naturalmente, já reúne qualidade de diversas motos em uma só. Mas claro que isso tem seu preço. Ainda é possível optar pela Tiger 800 XC (sem o x), como opção mais barata. Também montada em Manaus (AM), traz todas as melhorias do motor e o controle de tração com freios ABS, mas sem modos de pilotagem e outros acessórios, como a tomada 12V e todos os protetores.
Com motor elástico e de funcionamento suave tem força em baixos giros e potência em altas rotações
Mas se a sua ideia é encarar uma aventura de verdade, para rodar milhares de quilômetros por qualquer caminho e depois contar com orgulho na mesa de bar, a versão XCx da Tiger 800 talvez seja a inspiração ideal para você pôr o pé na estrada – ou fora dela.
Versão XCx tem completo pacote eletrônico e diversos acessórios como itens de série
Fonte: www.bestriders.com.br
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