O lado azul brilhante da força:
Câmbio
Parece que a Yamaha substituiu óleo 4t por manteiga especial para lubrificar o câmbio da Camila, é quase um comando mental. você pensa e ao menor movimento do seu pé esquerdo a marcha engata. Sério, de todas as dezenas de motos que testei, nenhuma tem uma caixa de marcha com tal suavidade. É Manteiga no cetim!
Aceleração / Motor
Extremamente responsiva, explicando: você trisca o acelerador e ela pula, seja qual for a marcha, a resposta é imediata e muito boa. Em primeira e segunda, CUIDADO! Ela levanta a frente tão fácil quanto troca de marchas. Sobra potência.
Por ter refrigeração líquida, a temperatura é muito melhor controlada e o motor tem um desempenho maximizado.
Discordo de quem fala que a moto “engasopa” (falha / engasga) em rotações constantes. Camila anda direitinho mantendo uma velocidade de cruzeiro de 110km/h. ou em velocidades menores e constantes abaixo dos 60km/h. Mito!
Agilidade
A mocinha azul esterça muito bem, não faz feio no trânsito pesado, e é fácil de estacionar em qualquer “buraco”. Ela até parece menor do que realmente é. A ciclística também entra como ponto positivo, os pneus agarram e dão segurança na chuva e terrenos molhados. Confesso que não testei na terra ainda, mas pela potência e agilidade, posso afirmar que ela tem vocação para o barro.
Banco / Conforto
Apesar de ter apenas um nível, a sela da montaria se mostra bastante confortável para longos tiros, a garupa também não sofre (pelo menos foi isto que ela me disse) após 300km ininterruptos.
Os lados azuis escuros da força:
Vibração
É inegável que ela vibra, mas ao meu ver, não chega a incomodar na pilotagem, a concorrente direta, uma BMW 800GS vibra menos, mas, aí entra a questão de gosto. prefiro a crueza da 660 do que o suposto conforto da BMW.
Parabrisa
Achei muito baixo, não faz a função de proteger minimamente do vento (“parar a brisa”). Troque!
Painel
Tosco, apesar da bela iluminação azulada, poderia ter medidor de gasolina (só acende luz) e conta-giros.
Seguro – caro, mas não saia de casa sem ele!
Chega a ser assustador o valor praticado. Na minha pesquisa inicial, variou de R$ 3.000,00 até a estratosféricos R$ 6.700,00, consegui fazer por 1.800,00 na Mapfre, o que achei uma pechincha comparando com o resto do mercado. Antes que perguntem: não, não ganhei nada da Mapfre para falar isso, é só uma referência e um serviço a você, querido leitor, e pode variar como o vento! Pesquise exaustivamente!
Este valor tem uma associação direta com o que? Sim, a moto é muito visada para roubos… Não saia de casa sem seguro.
Tanque / Consumo:
Para 660cc ela bebe acima da média, dado o tanque de 15 litros, normalmente faço 17km/l. rodando na cidade. Claro que não economizo cabo em retomadas e saídas de farol. Uma condução mais suave levaria a 19km/l facilmente.
Adicionais – O que fiz para complementar
Aqui vão algumas dicas do que fiz para complementar a querida Camila. Acessórios que considerei importantes e favilitam a vida, principalmente porque não possuo quatro rodas em um só veículo, ou seja, só tenho moto(s):
Suporte para GPS
Como só tenho moto, comprei um Garmin Zumo 350LM desenhado para motos: pode ser usado com luvas; tem controle de quilometragem para troca de fluídos; é a prova d’água; tela anti-reflexiva e com iluminação para utilizar sob sol forte; entre outros requisitos fundamentais. Custa US$ 650.00 em média lá fora.
O carregador para o GPS, comprei na Dealextreme e puxei a energia do farol, a ignição é outra alternativa. Foi mais simples e prático do que puxar direto da bateria. Pois teria que fazer um sistema de cortar a corrente quando a moto é desligada.
Baús
A minha ideia era colocar apenas o baú traseiro, mas como viajo bastante acabei por optar pelo laterais também, e matutando na estrada durante uma viagem percebi o grande negócio que fiz. Os baús laterais diminuem significativamente o risco de roubo da moto no trânsito. Mas cuidado, assim como protegem, deixam a moto larga e difícil de passar no corredor. Perde agilidade. Normalmente ando somente com o traseiro.
Outro pênalti, é que você vai ter que remover as alças laterais (garupa), o que pode gerar protestos em casa.
Optei pelo modelo preto da Roncar, que em São Paulo, custaram 2.500,00 os três, com suporte completo, e montado. Há também uma dificuldade em encontrar o suporte traseiro para o baú, tive que mandar fazer sob encomenda em uma boa casa do ramo. Ficou excelente!
Parabrisa
Este parabrisa da marca Givi me custou US$ 120.00 em uma loja especializada na Califórnia. Não faço ideia se é fácil de encontrar no Brasil. Melhora muito o impacto do vento acima dos 100km/h. Se você viaja muito, é essencial.
Proteção de Mãos
Este é nacional (Circuit) e optei pela armação de ferro. Amigo, se você esbarrar em algum retrovisor, ele derruba ou quebra o espelho do carro. É sólido e resistente igual a rocha. Cuidado!
A montagem é simples, apesar do manual não ajudar muito. Tirei o adesivo com o grafismo pois achei que era realmente horroroso (sai fácil). Fora isso, é muito bom, e não precisa remover nenhuma peça para montagem, nem o peso de guidão.
Filme de lançamento (Yamaha)
Especificações Técnicas
Conclusão
Infelizmente a Yamaha tirou o modelo azul de produção em 2013, só há disponíveis nas cores branca e preta (?). Na categoria 660 da Yamaha, prefiro a limpeza de design da XT que tem valor sugerido de R$ 26.880,00 à Teneré com valor mais alto R$ 31.110,00.
Pode parecer estranho, mas se eu tiver que explicar, você não vai entender: é uma moto para quem gosta de motos. Potente, bem dimensionada, valente e ágil, sem frescura… Quer subir paredes? Vá de XT660! Quer suavidade? Vá de scooter!
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Fonte: www.bestriders.com.br
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