Honda CG 160 Titan está mais sofisticada e cara
Honda CG 160 Titan: Com rodas de liga-leve, conta-giros no painel e sistema de freios combinados, a nova Honda CG 160 Titan está mais sofisticada e cara.
Com visual encorpado e bastante completo, a Honda CG 160 Titan deixa de ser uma moto popular
Honda CG 160 Titan está mais sofisticada e cara
Mudar totalmente a moto mais vendida do Brasil e mantê-la na liderança foi o desafio da Honda ao lançar a CG 160 2016. Para saber se a empresa acertou nas mudanças, levamos a versão top de linha da família CG, a Titan, para rodar em nossas ruas e estradas. Assim podemos responder se ela vale o custo que lhe foi atribuído.
A principal mudança da linha CG é o uso do motor de 162,7cm³, o mesmo da versátil Honda NXR 160 Bros. O propulsor tem mais torque e potência do que a versão anterior. Quando abastecida com etanol, atinge 15,1 cv a 8.000 rpm de potência. Já a versão de 150 cc tinha 14,3 cv a 8.500 rpm. O torque também aumentou de 1,45 kgf.m (a 6.500 rpm) para 1,54 kgf.m em 6.000 rpm. Essas mudanças alteram o comportamento do modelo, principalmente na cidade, deixando a moto mais esperta.
Suspensões robustas da CG 160 Titan estão bem acertadas para as nossas esburacadas ruas
Na estrada o motor mostrou mais vigor. Foi possível rodar a 110 km/h, enquanto o propulsor trabalhava a 7.500 giros. Se acelerar com vontade, o velocímetro atinge os 120 km/h. A velocidade máxima se aproxima dos 130 km/h, porém somente em uma descida para superar essa marca.
Nas subidas, como era de se esperar, a moto perde velocidade, mas não exige reduções de marchas. Nesse teste percorremos várias vezes a Rodovia Fernão Dias entre São Paulo e Atibaia, e as reduções de marcha só foram necessárias em meio ao trânsito de caminhões. Com pista livre, e se o piloto desejar, é possível fazer o percurso em última marcha.
Novo motor atinge o torque máximo de 1,54 kgf.m a 6.000 giros
Já na cidade, o torque facilita ainda mais a pilotagem dispensando as excessivas trocas de marchas. Quando o piloto precisa de arrancadas mais rápidas, aí sim, a redução de marchas se faz necessária. O câmbio, de cinco velocidades, mostrou um bom escalonamento com fáceis e precisos engates.
Honda CG 160 Titan: Consumo
Um dos trunfos da nova Honda é a facilidade ao abastecer. Esqueça aquela trabalheira de girar a chave e ficar com a tampa do tanque na mão. A CG 160 Titan (e a Fan também) usa tampa de padrão aeronáutico que é bem prática, além de ser mais bonita.
Na estrada, usando a moto de forma esportiva, o consumo ficou na casa dos 35 km/litro. Prometendo uma autonomia superior aos 500 km, por conta da capacidade de 16,1 litros no tanque. Isso significa ir de São Paulo até o Rio de Janeiro sem abastecer.
Na cidade, o consumo médio foi de 39 km/litro, porém para atingir essa marca, é preciso usar mais o torque do que a potência. Ou seja: trocar as marchas no tempo certo, sem “esgoelar” a moto.
Rodando na cidade, usando bem o torque do motor, o modelo atingiu o consumo de 39 km/l
Para ajudar a pilotar desta forma existe o conta-giros, um equipamento que sempre foi artigo de luxo em motos de baixa cilindrada. No caso da CG, por exemplo, estava presente nas primeiras versões e agora retornou, mas somente na versão Titan. Na prática, além do apelo esportivo, o conta-giros informa o número de rotações por minuto do motor. Para economizar combustível, a marcha deve ser trocada antes da faixa de torque máximo, no caso da CG a 6.000 rpm. No completo painel, o indicador de marcha faz falta, principalmente para os iniciantes.
Honda CG 160 Titan: Conforto e ergonomia
Um dos pontos que merece destaque é o conforto. O banco largo e com espessa camada de espuma acomoda bem o piloto. As pernas vão flexionadas, as costas eretas e os braços chegam aos comandos com naturalidade. A posição do botão de acionamento da buzina foi invertida: agora é acionada como na maioria das motos, pena que a seta ainda está na posição inferior, o que confunde. Não há mais o botão corta-corrente, que desligava o motor.
Buzina agora traz acionamento convencional, porém está acima do comando da seta
Os pés tocam o solo com facilidade (o banco está a 79 cm do chão) o que permite manobrar os 121 Kg (a seco) da moto com segurança. Seja entre os carros ou mesmo na hora de estacionar. Por falar em estacionar, o cavalete central mostrou-se um grande aliado, principalmente para encaixar a moto nas vagas apertadas dos bolsões de São Paulo. Já que a CG é tão moderna, sentimos falta do interruptor chamado de “side stand”– que não desliga o motor caso o cavalete lateral esteja aberto. Um item de segurança capaz de evitar acidentes.
Na hora de transportar objetos, como a inseparável capa de chuva, existe a facilidade dos ganchos na alça do garupa, no bacalhau e debaixo do banco. As novas alças de apoio têm design bem moderno e transmitem confiança à garupa – é bom lembrar que muitos mototaxistas usam a Titan. Caso o motociclista deseje, as alças da garupa podem ser retiradas, deixando a “Titanzinha” mais esportiva.
A alça do garupa pode ser retirada garantindo um visual mais esportivo ao modelo
Suportes das pedaleiras do garupa no formato “bacalhau” garante maior conforto ao passageiro
Honda CG 160 Titan: Adeus aos Raios
A nova CG 160 Titan não usa mais rodas raiadas (nem na versão Fan). Com isso as rodas em liga leve permitem o uso de pneus sem câmara. A vantagem é que, em caso de furo, o esvaziamento é mais lento. Além disso, é possível usar vacinas anti-furo. Porém, vale lembrar que o conserto é mais complexo , e para os fabricantes de pneus deve ser feito apenas como emergência.
Uma grande diferença está no comportamento em curvas. Os pneus Pirelli City Dragon se mostraram precisos aos contornas as curvas mais rápidas da rodovia Fernão Dias, até mesmo em dias de chuva.
Pneus sem câmara e rodas de liga-leve ajudam a contornar curvas com mais segurança
O sistema de freios combinados (CBS) é uma “mão na roda” para quem se acostumou a usar apenas o freio traseiro. O sistema transfere parte de força de frenagem na roda da frente. Na prática garante frenagens com maior eficiência. O que ainda é estranho é o sistema de lonas na roda traseira que, apesar de eficientes, não combina mais com a moto.
Sistema de freio CBS auxilia os motociclistas iniciantes nas frenagens de emergência
Pneu traseiro mais largo, nova lanterna e piscas transparentes dão ao esportivo a Titan
Honda CG 160 Titan: Conclusão
A nova Honda CG 160 Titan recebeu muita atenção de outros motociclistas nas ruas de São Paulo que elogiaram as mudanças. Nas paradas de farol a pergunta mais comum era sobre a velocidade máxima e o consumo. Porém, ao saber do preço, muita gente reclamou. Após o teste, uma coisa ninguém discute: a CG Titan evoluiu a ponto de não ser mais popular, inclusive no preço.
Fonte: www.bestriders.com.br
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