Viagem Motorisada pela Suíça
Alô amigos!
A bola da vez é a Suíça.
Como nem tudo é perfeito, a Suíça é um país sem litoral, já seria demais se tivessem praias.
O país é dividido em três regiões bastante distintas. Geograficamente existem a região do Jura, o Planalto Suíço e os famosos “Alpes Suíços” que somados dão ao total um pouco mais de 41 mil quilômetros quadrados.
A população gira em torno de 7,8 milhões de habitantes. Um país inteiro tem menos habitantes que a Cidade de São Paulo e estão na sua grande maioria nos planaltos, onde estão localizadas as maiores cidades do país. Entre elas Zurique e Genebra. É um dos países mais ricos do mundo e Zurique e Genebra foram classificadas como as cidades com melhor qualidade de vida no mundo e a Suíça como o melhor país para nascer.
Como podemos notar no mapa acima, ao contrario de outros países europeus que tem uma gama muito grande de estradas alternativas, a Suíça tem poucas rodovias, o que esperamos que não sejam elas, aquelas auto-estradas frias, sonolentas e monótonas.
Na Suíça a pilotagem é tranqüila. Dirige-se do lado direito da estrada. Muitos sinais de trafego são idênticos aos usados no mundo inteiro, outros, são auto-explicativos. As montanhas alpinas são fáceis de atravessar, mas é preciso cuidado em estradas mais estreitas. Desfiladeiros podem ser evitados utilizando túneis, mas eu jamais faria isso. Prefiro uma viagem mais apimentada, que sai do comum. Dos meus 50 mil quilômetros de estradas fora do Brasil, me lembro com clareza dos momentos mais difíceis, me lembro da minha primeira nevasca em a uma estrada, como se fosse ontem, mas na hora, foi apavorante, pra não falar que a moto não quis pegar depois das seções de fotos.
Limites de velocidade: Rodovias 120 km/h; estradas 80 km/h; cidades e vilas 50 km/h. E cobrada uma taxa rodoviária anual de todos os automóveis e motos no valor de CHF 40 (franco suíço) chamada “vignette”.
Bom. Vamos então ver o que tem de melhor nesse país para os motociclistas que gostam de estrada, paisagens e muitos quilômetros só de alegrias.
Nosso Destino rumo a Zurique é o Passo Bernina, passando pelo Parque Nacional swizzer, já na Suíça.
Vamos iniciar essa rota pelos Alpes suíços saindo da Itália, mais precisamente de Passo Stelvio.
Pra quem não sabe, passo são as “passagens” entre uma montanha e outra, caminhos com muitos altos e baixos e mudança de temperaturas bruscas. Alguns com centenas de curvas e via de regra, paisagens deslumbrantes.
Nesse trecho até Livigno, entraremos na Suíça, percorreremos parte dos Alpes Suíços e do Parque Nacional Svizzer em um trecho de pouco mais de 70 Km e retornaremos para Itália até a cidade de Livigno, região de fronteira.
Estrada para Livigno
Livigno é uma cidade isolada, que por esse fato, não se faz reger pelas leis governamentais e em grande parte do ano, devido ao isolamento e falta de fiscalização tem a gasolina mais barata do país. Isso somente por curiosidade mesmo, pois as distancias são curtas e o preço do combustível não compromete, desde que bem programa. A gasolina naquela região não é barata. Atualmente o litro esta em 1,78 euros, mas em Livigno esta em torno de 1,1.
A foto abaixo retrata com fidelidade que o povo recebe muito bem os motociclistas, são vistos por todas as partes, geralmente em motocicletas enormes e nas estradas praticamente a família toda, inclusive há relatos de que muitas crianças são vistas nas garupas de seus pais. Interessante isso, pois não me lembro de ver crianças percorrendo longas distâncias na garupa de moto por aqui.
Passo Berlinda
O ponto mais alto do Passo Berlinda é interessante. Com seus 2.330 metros de altitude, bem a sua frente o glaciar Diavolezza com toda a sua imponência.
Nessa região há dois teleféricos. Não é recomendado subir de moto até o Diavolezza, que sobe dos 2.093 m até os 2.978 m de altitude, onde fica o glaciar. Muito frio e estrada escorregadia, pra não falar que o passeio pelo teleférico proporciona uma visão única devida à sua altitude
Fiquem atentos os que têm medo de altura, veja foto abaixo, é fantástico.
Visão do teleférico
Visão do restaurante do Glaciar
Na seqüência o próximo destino é Zernez, Suíça a apenas 50 Km do passo Berninda. Essa estrada pode ser fechada no inverno, atente para esse detalhe na programação de sua viagem.
No Caminho esta St. Moritz. Pequena cidade com pouco mais de cinco mil habitantes, que no inverno proporciona uma visão espetacular de seu lago totalmente congelado e inúmeras estações de esquis. A língua predominante é o alemão, mas na suíça, alem desse, eles adotam originalmente quatro idiomas/dialetos, inclusive consta essa variação nos rótulos de produtos nas prateleiras.
Lago congelado em St. Moritz
Zernez
Zernez encontra-se em um região de fronteira e portal de entrada para o Parque Nacional da Suíça. O centro para visitantes em Zernez abriga exposições permanentes sobre o Parque Nacional, exposições sobre a história da evolução natural e organiza expedições de caminhadas pelo parque. Eu costumo dizer que nunca sabemos quando vamos voltar a fazer essas viagens novamente então acho valido aproveitá-la ao Maximo, por que não dar uma caminhada?
O trecho seguinte traz duas opções? A primeira e a travessia do túnel e a outra é seguir pela 28.
O Túnel foi construído no ano de 1999 com o objetivo de melhorar o transporte de Canton Graubunden e Fluela Pass, regiões da Suíça que sofrem freqüentemente com avalanches e nevascas no inverno rigoroso. Possui uma extensão de 19,1 quilômetros, ganhando o título de décimo maior túnel do mundo. A paisagem é deslumbrante e pode valer a pena.
(Passo Flüelapass – 28)
A segunda opção é seguir pela 28, não recomendada para o inverno, mas no verão registra imagens que dispensam comentários. O Flüelapass é um caminho de contemplação, como tudo na Suíça, de velocidade baixa e muitas fotos. Ali há dois lagos, o Schottensee, maior, e o Schwarzsee, menor e ao final a cidade de Davos, como destaque o Lago que encanta os visitantes.
Na seqüência a encantadora Monstein. Pequena cidade localizada a 1620 m de altitude, no vale de Landwassertal, rodeado de picos impressionantes, lindas pastagens alpinas e extensa floresta por todos os lados! Retrata com fidelidade as características inconfundíveis de uma aldeia típica dos Alpes. Casinhas, espigueiros, celeiros e cabanas são construídas em madeira, alguns têm mesmo o teto em telhas de madeira tradicionais e são forradas com pequenas escamas também em madeira. Muito recomendado o Hotel Ducan. Um chalé em madeira, cheio de flores nas janelas, com esplanada e terraço pitorescos e barato.
Cervejaria Monstein
Em Monstein se produz uma deliciosa cerveja, com o seu nome, na fábrica de cerveja instalada na maior altitude da Europa!
O Caminho para Thusis é de razoável grau de dificuldade e a cautela é necessária. Abismos vertiginosos, estradas estreitas, túneis e curvas, muitas curvas em um trecho de altitude não muito elevada o que permite ser conhecida em todos os meses do ano.
Abismos
Castelos
Viamala – garganta enorme! As paredes estreitas chegam a proporcionar fendas de 300 metros de profundidade!
O caminho agora é até Zurique. Não detalho as quilometragens neste artigo, pois são muito poucos, na Suíça é tudo próximo. Todo o presente artigo relata pontos turísticos presentes em pouco mais de 500 quiilometros.
Zurique é a cidade com mais alto poder aquisitivo do planeta esbanja civilidade e, claro, muito luxo. Basta das uma olhadinha nas vitrines da Banhofstrasse para ver o melhor de tudo, de charutos a jóias e casacos de pele. Entre uma loja e outra, atrás de fachadas discretas, acontecem algumas das maiores negociações financeiras do mundo, nos bancos suíços. Aproveite também o dia para roteiros culturais: a cidade tem mais de 100 galerias de arte e 50 museus.
Como tenho feito em outros artigos, ao visitarem as grandes metrópoles façam sua programação de acordo com seu bolso e seu tempo.
Fonte: www.bestriders.com.br
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