A nem tão Pequena Notável Triumph Daytona 675R
A nem tão Pequena Notável Triumph Daytona 675R
A Triumph, quando lançou este modelo no ano passado, mostrou que está apostando no Brasil, isso se deve a ser uma motocicleta de nicho, ou seja, não é para todos, e sim para um público bem específico, ou seja, trouxe logo sua super-esportiva em seu modelo R. A moto é montada no sistema CKD (Complete Knocked Down) em Manaus. Mas vamos as características marcantes do modelo que o tornou famoso, e que foi melhorado nesta versão lançada em 2013.
Segundo a fábrica, as alterações de engenharia do motor tricilíndrico de 128cv não foram apenas cosméticas, pois características fundamentais para o desempenho foram reformuladas. O curso dos pistões, por exemplo, alterou de 64 x 53,3 para 76 x 49,6 o que aumenta em aproximadamente 500rpm a rotação máxima do motor, e sua taxa de compressão saltou de 12:65:1 para 13:1:1, além de componentes mais leves (virabrequim entre outros), e duplos injetores por cilindro. No total a moto emagreceu 1 quilo, e para a categoria qualquer grama a menos significa muito. Agora temos 184kg de músculos com menos gordurinhas localizadas. O entre-eixos diminuiu em 20 mm. Possui 1.375 mm, com uma inclinação mais acentuada do garfo dianteiro, que passou dos 23,9° para 23°. Outra alteração na arquitetura e engenharia do bólido foi mover o escapamento para o lado permitindo o reposicionamento do motor e alterando sua geometria e visando melhorar ainda mais sua agilidade.
Na estética as linhas ficaram mais duras e retas com alterações no conjunto óptico dianteiro e traseiro.
A embreagem deste modelo 2013 é deslizante (slip-assist), o que melhora significativamente reduções abruptas de marchas em velocidades e rotações altas evitando que a roda traseira da moto “salte”. O resultado é o aumento de confiança do piloto a entrar em curvas em alta velocidade. A moto fica mais suave, segundo os britânicos deixando o acionamento da alavanca da embreagem 25% mais leve. Ainda no sistema de transmissão, o modelo vem com o “quick-shift”, que permite que o condutor suba as marchas sem puxar a embreagem. A mágica é a modificação do tempo de corte da ignição de acordo com a velocidade e a rotação do motor.
A suspensão dianteira da (Öhlins NIX30), aumentou o curso em 10 mm. Na traseira, a atuação do amortecedor (Öhlins TTX36) foi modificado por causa da alteração do escapamento. Como não poderia ser diferente em uma moto com esta proposta (correr) a nova 675R vem com freios ABS de fábrica, ajustáveis em 3 regulagens: off (desligado), on (ligado) e Circuit
[ Foto para comparar: Modelo anterior com escarpamento central ]
Sobre a Besta!
Esta é uma moto de pista, ponto. No ano passado a Triumph levou a imprensa para o circuito Velo Città em São Paulo. O que percebi na época foi que as saídas de curvas e contornos de chicanes são excelentes e a moto chega a ser “forgiving” para não-pilotos como este que vos escreve. Em outras palavras, o motor compensa alguns equívocos em marchas e saídas de curvas. A vida começa após os 7500rpm, é quando os três cilindros rosnam alto e a moto tem o seu desempenho diferenciado. Os pneus Pirelli Diablo Supercorsa SP associados com os discos flutuantes dianteiros de 310 mm, Brembo de quatro pistões, e o disco traseiro de 220 mm, são fantásticos, e tolerantes a erros de frenagem muito “em cima” da curva, mesmo assim fui para a zebra (ufa) algumas vezes.
O painel tem todas as informações necessária para uma super-esportiva, como contagioso analógico, shift light, marcador de voltas, marcha engatada, temperatura, entre outros.
Na cidade, bem, vou repetir: esta é uma moto de pista, ponto de exclamação! Na cidade, é como tirar um tubarão do oceano e colocar no aquário. A moto fica sobrando em todos os lados, não faz curvas fechadas direito, manobras para estacionar são difíceis apesar do ótimo retrovisor em forma de diamante, inclusive que se dobra parecendo uma orelha de coelho o que ajuda nos corredores do percurso…
O guidão baixo e pequeno banco para o piloto e garupa também não privilegiam a posição de pilotagem no trânsito denso.
Claro que por estas questões dos parágrafos anterior que não recomendo como primeira moto, e sim uma moto para “track days” e eventos correlatos. Aí sim, ela mostra porquê veio e fica a vontade.
Concorrência
A pequena notável da Triumph com uma configuração pronta para pista, vai encontrar no caminho a Honda CBR 600RR (R$ 50.900,00 com ABS), a Kawasaki Ninja ZX-6R 636 (R$ 52.990,00 com ABS) e Suzuki GSX-R 750 (R$ 49.900,00 sem ABS).
Disponível em cor branca no Brasil.
Como conclusão, deixo somente a frase: excelente na pista, um sonho ruim no trânsito.
Fonte: www.bestriders.com.br
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