Circuito que recebeu F-1, Indy e Motovelocidade dará lugar a um parque olímpico.
- É triste, é difícil... Nós somos a favor da Olimpíada, mas desde que deixe o esporte a motor sobreviver, também – disse o veterano piloto Jorge Cláudio Schuback, tentando encontrar palavras em meio às lágrimas no paddock do circuito carioca, que recebeu uma etapa do estadual de Turismo.
Depois disso, parte da estrutura será substituída por condomínios particulares, erguidos pela construtora responsável. O acordo inicial entre as autoridades cariocas e a Confederação Brasileira de Automobilismo era de que a pista só seria desativada quando um novo circuito, no bairro de Deodoro, fosse entregue. Mas, em razão de diversos impasses, as obras do novo autódromo no subúrbio do Rio sequer foram iniciadas. Desta forma, uma das principais praças esportivas do país ficará sem um autódromo por tempo indeterminado, e terá que realizar seus eventos a cerca e 500 km da capital fluminense. - Tentaremos minimizar este prejuízo o quanto for possível. Com o apoio da Prefeitura, faremos o campeonato de 2013 em Minas Gerais, na cidade Santa Luzia. Exatamente com o objetivo de tentar manter os empregos, manter em atividade todas as pessoas que vivem do automobilismo, que vivem deste esporte. Esperamos, em 2014, termos um local para que a gente retome o automobilismo no Rio de Janeiro – diz o presidente da Federação de Automobilismo do RJ, Djalma Faria Neves.
4ª etapa do Elf Superbike, uma das últimas corridas disputadas no autódromo
Impasse por um novo circuito
A construção de um novo autódromo na cidade é parte da carta de compromisso com o Comitê Olímpico Internacional. Entretanto, pilotos e ex-pilotos se mantêm céticos quanto a construção de uma nova pista. Ainda mais após o problema revelado pelo jornal “O Globo”. Em Julho deste ano, a publicação revelou que o terreno destinado à construção da nova pista terá que ser "descontaminado" devido à existência de explosivos não detonados no solo. A área serviu durante mais de 60 anos a treinamentos militares. Mesmo que um novo autódromo seja construído, a pista que desafiou pilotos e equipes por quase cinco décadas vai deixar saudades. - As melhores equipes da Stock Car nasceram no Rio de Janeiro. Isso é uma coisa muito bacana, aqui é uma escola. E este autódromo é seletivo, um dos melhores do Brasil, senão o melhor – afirma o piloto Celso Vianna, que disputa um dos torneios regionais.
Além das mais diversas categorias nacionais, a pista de Jacarepaguá – rebatizada, em 1988, como Autódromo Nelson Piquet – recebeu por uma década provas da Fórmula 1 e também algumas etapas da Indy e do Mundial de Motovelocidade. Foi neste circuito que a equipe Fittipaldi conseguiu um histórico segundo lugar, em 1978. Em 1984, foi a vez de Ayrton Senna fazer sua estreia na Fórmula 1. Dois anos depois, foi palco de uma antológica dobradinha de Nelson Piquet em primeiro e Ayrton em segundo. Uma década mais tarde, o público carioca viu o brasileiro André Ribeiro vencer a primeira corrida da Indy no país. E, na Motovelocidade, assistiu ao segundo título da carreira do italiano Valentino Rossi.
Com “o coração partido”, o comentarista Lito Cavalcanti lamenta a destruição de um local que trazia à cidade eventos internacionais, movimentando a economia local. - Não vejo, até agora, motivos para destruir um centro de esportes que já chegou a ser considerado uma das catedrais do automobilismo mundial. Por ele já passaram F-1, Indy, Motovelocidade. Foi aí que apareceram para o mundo talentos como Emerson Fittipaldi, José Carlos Pace. É muito, muito difícil ver esta troca. Porque havia tantos outros lugares no Rio para se construir outros centros esportivos, que eu não consigo entender. E lamento a falta de visão para o turismo como fonte de renda, uma verdadeira indústria, por parte da prefeitura e do governo. Não vejo nenhuma razão lógica para estar acontecendo isso – observa.
A última corrida no asfalto de Jacarepaguá contou com a presença, fora da pista, de diversos pilotos, de diferentes gerações, que competiram e se formaram no circuito. Na linha de chegada, eles estenderam uma faixa com a inscrição “O Rio não pode ficar sem autódromo – automobilismo também é esporte”. Paulo Lanfredi Neto recebeu a última bandeirada, enquanto Marcelo Costa se tornou o último campeão regional. Porém, não houve espaço para comemoração naquele domingo ensolarado no Rio de Janeiro. - O título é a prova máxima de um ano de trabalho que deu certo, mas o sentimento é uma mistura de felicidade com tristeza. Eu trocaria o título pela permanência do autódromo – lamenta o campeão.
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Fonte: www.motonarede.com
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