O empresário paulista João Toledo, dono da J.Toledo, de Jundiaí, só tinha motivos para comemorar há quatro anos. Depois de 16 anos representando e fabricando as motos da japonesa Suzuki no Brasil, Toledo havia consolidado a marca como a terceira do País, com uma fatia de 7,4% das vendas, em 2008. Uma façanha em um mercado dominado pelas suas compatriotas Honda e Yamaha, que até hoje detêm cerca de 80% do mercado nacional. Desde então, a operação sofreu uma reviravolta. As vendas caíram 71%, passando de 142 mil unidades, em 2008, para 41 mil, em 2011. Com isso, sua participação baixou para 2,1%. O resultado fez com que a marca perdesse o posto de terceira mais vendida para a Dafra, em 2011. A queda é atribuída à falta de renovação de sua linha e ao mau relacionamento com a rede de distribuição.
Durante os últimos quatro anos, muitos pontos de venda da Suzuki fecharam as portas. Dos cerca de 450 registrados em 2008, apenas 340 ainda constam no site da montadora. Mas, segundo Lidacir Rigon, ex-presidente da Assuzuki, que representa as concessionárias da Suzuki, e ex-distribuidor da montadora, o número atual de revendas exclusivas está na casa dos 80. “Faltavam produtos competitivos e nossa margem de lucro caiu de 25% para 7%”, afirma Rigon, ex-proprietário de três concessionárias no Paraná. De acordo com Rigon, com a queda nas vendas, a J.Toledo baixou o preço das motos e transferiu o custo dessa redução com os revendedores. Outro fator predominante para a desaceleração das vendas, segundo Rigon, foi a paralisação da fabricação da Scooter Burgman 125 cc, uma das mais vendidas pela Suzuki.
0 comentários:
Postar um comentário