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quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Ducati 1098: privilégio de poucos-Dicas de mecânica de motos
Possuir uma marca de renome internacional em sua garagem já é, humanamente falando, o que há de mais sensacional e desejável. Mas, possuir a marca e também sua representação material, com motor de dois cilindros em L e 170 cavalos sobre duas rodas, pode ultrapassar os limites do desejo. Estamos falando da Ducati 1199 Panigale, uma das superesportivas mais rápidas do mundo, e também com preços que não cabem no bolso de todo mundo.
A Panigale é descendente direta da Ducati 1098, lançada em 2007, à época, com 161 cavalos de potência e motor com exatos 1099 cm3. No ano seguinte, a empresa anunciava o que seria o upgrade da 1098, que recebeu uma simples atualização, também, no nome: 1198. Seu motor veio anabolizado, contando com um cavalo a mais, o que foi mantido na versão 2012, a 1199 Panigale. O interessante, neste último modelo, é que pesa 10 quilos a menos do que suas versões anteriores e possui cerca de 25 hp mais potência, no geral. Segundo o fabricante, dimensões e cada detalhe do design deste modelo foram inteiramente calculados pelos seus engenheiros. A fábrica localiza-se numa região já reconhecida, na Itália, como o "Vale da Moto", nas esferas da Bolonha. Aliás, o nome da moto vem, mesmo, deste lugar, cuja cidade é Borgo Panigale.
Ainda segundo o fabricante, a 1199 Panigale foi desenhada em tributo às competições mais acirradas do motociclismo, uma espécie de "herança" dos maiores eventos já ocorridos. Daí, seu design altamente esportivo e estrutura idem. Tudo nesta moto nos leva a pensar em força, elegância e agilidade.
O chassi da Panigale é, por si só, uma evolução na estruturação da moto, concatenando múltiplas partes em um único, compacto e leve componente, ao mesmo tempo em que traz ergonomia e conforto ao piloto. O maior responsável por isso é o Superquadro, um monobloco em alumínio injetado, super resistente e ótimo dissipador de energia (resultante das pancadas dos terrenos).
Enquanto, nos modelos anteriores, a Ducati manteve o motor em L a 90º, desta vez, ela mexeu um pouco mais, adicionando cerca de 6º ao eixo de rotação, a fim de afastar o motor um pouco mais da roda dianteira, além de balancear melhor com a roda traseira, o que traz mais segurança no equilíbrio e na segurança.
A Panigale permite modos diferentes de pilotagem, graças ao ajuste eletrônico da suspensão. Para o modo esportivo, por exemplo, basta que se use o preset Riding Mode; em trechos urbanos e mais calmos, basta usar o modo independente. Além da tecnologia, a beleza também é um dos itens encontrados na 1199 Panigale, do farol dianteiro ao traseiro.
No Brasil, a Panigale é vendida em torno de R$ 76 mil, dependendo da loja e das promoções. Só para deixá-lo de cabelo em pé, o mesmo modelo, nos Estados Unidos, é vendido em torno de US$ 18 mil, o que não chega a R$ 35 mil. Quanto à motocicleta, todos os elogios são válidos, mesmo diante dos nossos preços. Mas, quanto à política de importação tupiniquim, e a aplicação de seus incontáveis e altos impostos, sem comentários.
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