Páginas
▼
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Tudo sobre o Rio Harley Days 2012-Dicas de mecânica de motos
Utilizado na 2ª Guerra Mundial, na Itália, um exemplar da Harley-Davidson WLA 42 foi uma das grandes atrações no Rio Harley Days, que aconteceu na Marina da Glória, neste fim de semana no Rio de Janeiro. A motocicleta americana fez parte de um grupo de dez motos das Forças Expedicionárias Brasileiras (FEB), que vieram ao Brasil após o término do conflito, em 1945.
“Este exemplar é um dos últimos que restaram das motos utilizadas pelo Brasil na Itália. Ela é totalmente original e é muito importante, não só para a história de nosso exército, mas também para a do motociclismo brasileiro”, disse o coronel do 1º Batalhão de Guardas do Exército Brasileiro, Alfredo Bottino, neste sábado (15). O modelo é de um proprietário particular, que o adquiriu em leilão, e fica continuamente exposto no museu do exército, no Rio de Janeiro.
A Moto está em ótimo estado e funcionando. Recentemente, participou do desfile de 7 de setembro, acrescenta Bottino. A WLA 42 foi moto largamente produzida nos Estados Unidos durante a guerra e foi utilizada pelo exército americano para combater a Alemanha e outros países que a apoiavam, como a Itália. “Os primeiros soldados aliados que entraram na Alemanha estavam com este modelo”, explica Rodrigo Moutinho, gerente de vendas especiais da Harley-Davidson.
Jeito diferente de pilotar
A WLA 42 possui motor de dois cilindros e 740 cilindradas, nada muito diferente dos modelos atuais. No entanto, o modo de conduzir não é como das motos tradicionais. O freio dianteiro fica no punho esquerdo, a embreagem é acionada com o pé esquerdo e as trocas de marchas são feitas na mão, como em automóveis; o câmbio é de três marchas. Nos modelos convencionais, o freio dianteiro fica na no punho direito, a embreagem no punho esquerdo; as trocas de marchas são feitas com o pé esquerdo.
História do motociclismo militar brasileiro
As primeiras motos utilizadas militarmente no Brasil datam de 1936 e eram do modelo M86 produzido pela empresa belga FN. As M86 fizeram parte da Polícia Especial de São Paulo, que foi criada pelo Governo Federal. Na mesma época, iniciaram as atividades do Batalhão de Guardas do Exército, que também começou a fazer uso de motos.
Atualmente, as motos são utilizadas em diversas atividades policiais e militares no Brasil. Polícia do Exército, Polícia Rodoviária Federal e Batalhão de Choque de São Paulo, que adquiriu nova frota de Harley-Davidson Police em 2012, são exemplos.
Rio Harley Days
Além da WLA 42, a 2ª edição do Rio Harley Days, que terminou domingo (16), contou com diversas atrações para motociclistas e fãs de motocicletas. Shows de músicas, dentre eles Skank e Ultraje a Rigor, além de test-rides com modelos da marca norte-americana, fizeram parte do evento.
Desfile pela Cidade Maravilhosa
O desfile reuniu cerca de 1.500 motocicletas, segundo a organização do evento. O trajeto de 35 km, que durou 1 hora, começou na Marina da Glória e passou por diversos pontos turísticos da cidade, como a praia de Copacabana e a Igreja da Candelária. Apesar de a maioria dos usuários de motos serem cariocas, a parada também atraiu pessoas de outras partes do país. “Eu e minha amiga rodamos 900 km de moto para vir de Curitiba ao Rio de Janeiro”, explica a professora universitária Lisiane Lange, de 29 anos.
A motociclista, que tem habilitação para motocicletas há dois anos, participou do desfile com sua Harley-Davison. “Acho muito legal a integração, o espírito do motociclista é diferente, existe muita parceria”, diz a professora universitária.
Esta união também pode ser vista em diversos casais que participaram da parada. Em alguns casos cada um com sua moto ou levando o parceiro na garupa. “Gostamos muito de andar junto”, afirma o advogado Kassin Raslan, de 36 anos. Ele teve a companhia de sua mulher, Ida Raslan, professora, de 35 anos, como passageira; eles percorreram 110 km para vir ao Rio. “O passeio foi incrível. O Rio de Janeiro é realmente uma cidade maravilhosa”, disse Ida.
Participantes de todas as idades
Entre os que rodaram no desfile também marcaram presença motociclistas mais experientes, como é o caso do aposentado Henrique Ferreira, de 72 anos. “Foi uma sensação maravilhosa nunca tinha feito um passeio como este”, explica Ferreira. O carioca contou com a companhia de seu conterrâneo, Vitor O´hara, engenheiro de 56 anos. “Acho que foi muito legal e também serviu para divulgar as belezas da cidade”, diz O’hara.
O “O desfile funciona como o um ritual, o gran finale, para fechar com chave de ouro nosso encontro”, explica Júlio Vitti, gerente de marketing da Harley-Davidson no Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário